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SEGMENTO AGRÍCOLA

Complexo Soja

A Unidade comercializa e processa soja e outros grãos e oleaginosas, e é uma das maiores exportadoras e processadoras da commodity do País. Está presente em mais de cem localidades brasileiras por meio de terminais portuários com instalações próprias, transbordos, armazéns e unidades processadoras. Seu grande destaque em 2009 foi a inauguração da fábrica em Primavera do Leste (MT), concretização do investimento de R$ 210 milhões. A escolha do local levou em conta o fato de ser a principal região produtora de soja do Brasil e de abrir novas perspectivas para ingresso em mercados nos quais a Cargill ainda não está presente com vigor.

Ao longo do ano, o Complexo Soja comercializou 9,1 milhões de toneladas de grãos.

Instalada em uma área de 60 hectares, com 25 mil m² construídos, tem capacidade de processamento de 3 mil toneladas de soja por dia, produzindo farelo e óleo. A unidade conta ainda com refino e envase de óleo que é comercializado sob a marca Liza, permitindo abastecer diretamente os mercados das Regiões Centro-Oeste, Norte e Nordeste. Foram criados 200 postos de trabalho diretos e centenas de indiretos. Houve investimento na introdução de caldeira que suprirá, a partir da queima de biomassa, 62% da energia necessária para o seu funcionamento. Ao longo do ano o Complexo Soja comercializou 9,1 milhões de toneladas do grão. Em 2008, o volume foi de 7,15 milhões de toneladas.

Outro ponto relevante no ano foi a vitória na concorrência para manter a administração do Terminal do Guarujá. Para isso, a empresa formou um consórcio com a Louis Dreyfus, e, juntas, ofereceram R$ 288 milhões. Com a vitória, a Cargill assegura o direito de explorar o terminal destinado ao embarque de granéis vegetais sólidos, preferencialmente soja e milho, por 25 anos, renováveis por mais 25. As duas empresas já participam, conjuntamente, do Terminal de Exportação de Açúcar de Guarujá (Teag), o que também serviu de incentivo para a nova parceria.

Algodão

A Cargill atua no mercado de algodão comprando o produto diretamente do produtor e revendendo para indústrias têxteis, nacionais e internacionais.

Em 2009, a Unidade comercializou 54 mil toneladas, ou seja, 55% mais do que no ano anterior. Desse total, 30 mil toneladas foram negociadas com o exterior. Um dos diferenciais da Unidade está no fato de ter desenvolvido, antes dos concorrentes, uma forma diferenciada de negociação em reais com os produtores de algodão. Ela consiste na compra para entrega futura com a habilidade de fazer operações de hedge na Bolsa de Nova York e em moeda local ao mesmo tempo, o que só é viável em razão da estrutura da Cargill.

O crescimento nas vendas esteve atrelado também ao aumento da demanda pelo produto nacional. Em 2009 foram exportadas, pelo País, 504 mil toneladas, sendo que a Cargill participou com 6% desse total.

Para ampliar a conectividade com outras áreas da empresa e aproximar-se e ganhar mercado em novas regiões produtoras, como a Bahia, a Unidade de Negócio migrou seu escritório de Rondonópolis (MT) para São Paulo, transferindo também todo o seu efetivo. A mesa de comercialização conta com profissionais para as compras e vendas de algodão e posições de hedge, o que possibilita foco maior por região produtora.

A Cargill Cotton mantém parceria com o Complexo Soja na logística do algodão para os portos de Paranaguá e Santos ou para as fiações nas regiões onde atua, valendo-se da experiência logística do Complexo Soja, tanto na unidade de Primavera do Leste, no Mato Grosso, como em Luís Eduardo Magalhães, na Bahia.


Açúcar e Etanol

A Cargill atua nesse mercado por meio dessa Unidade de Negócio e da Usina Central Energética Vale do Sapucaí (Cevasa), joint venture mantida com a Canagril, empresa formada por produtores locais.

O ano de 2009 foi favorável aos negócios da Unidade, especialmente em razão do preço do açúcar. A quebra de safra na Índia, que passou de exportador para importador, movimentou a geografia do mercado e incrementou significativamente o valor da commodity. Com relação ao etanol, o mercado interno absorveu praticamente a totalidade do produto no período.

No que se refere ao álcool anidro, a empresa conseguiu ampliar em 23% a eficiência de produção da Cevasa. Também deu início ao investimento para expansão da usina, que deve ser concluída em 2010 e elevar a capacidade de processamento dos atuais 1,3 milhão de toneladas para 2,6 milhões de toneladas. O ganho em volume produzido será destinado à fabricação de açúcar para atender ao setor alimentício.

A preocupação da Unidade com aspectos de sustentabilidade levou, em 2009, à contratação de uma profissional dedicada exclusivamente ao tema. Atendendo a exigências de clientes, também promoveu o embarque sustentável de açúcar, certificado por auditorias.

Na área logística, a Cargill aumentou sua participação no Terminal de Exportação de Álcool de Santos (Teas), usado exclusivamente para melhorar o embarque de álcool combustível. Por meio da compra da participação de sócios, a empresa alcançou 33% do controle.

A Cargill optou também por descontinuar sua atividade no terminal T-33 de açúcar, no mesmo embarcadouro. A medida decorre da mudança no perfil de mercado, em que há uma crescente demanda pela exportação de açúcar em contêineres. A grande vantagem para os compradores é que, com os contêineres, podem reduzir o volume em cada pedido. A venda dessa forma também facilita o atendimento de especificações dos clientes, como de embalagem, por exemplo, além de o próprio contêiner poder ser usado para a armazenagem do produto.

Houve também esforços para melhorar o fluxo de contêineres desde a origem do açúcar, no interior do País, até o seu embarque no porto. Uma das medidas testadas com êxito foi o emprego do transporte ferroviário.

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