De acordo com uma de suas diretrizes globais, em maio de 2009, com um ano de antecedência ao prazo final estipulado, a Cargill concluiu a introdução de Processo de Comportamento Seguro (PCS) em todas as suas unidades locais. Ele se baseia na identificação, por meio da observação in loco, de tarefas do dia a dia, possíveis atitudes inseguras e barreiras que impedem a adoção de medidas corretas para sanar os problemas. Funcionários são treinados para desempenhar essa função e dão feedbacks aos que executam as atividades em relação à posição do corpo, obediência a procedimentos operacionais, utilização de ferramentas, equipamentos, limpeza e arrumação, e uso de Equipamento de Proteção Individuais (EPIs). Mensalmente cada unidade envia relatório com os resultados alcançados, e a cada trimestre esses valores são reportados à matriz da empresa, em Mineápolis.
Embora os resultados desse processo tendam a se revelar mais tarde, em razão de envolver aspecto cultural, a estimativa é de redução do Reportable Injury Frequency Rate (RIFR), que indica o número de casos médicos. Em 2009, o indicador ficou em 0.9, bem abaixo da meta mundial corporativa, que admite 3.0. No ano anterior, quando ainda considerava os dados de Seara, ele foi de 2.5.
No ano, a Cargill não registrou nenhum óbito de profissional em serviço, e deu andamento às ações de conscientização sobre o tema por meio de palestras e Semanas Internas de Prevenção aos Acidentes de Trabalho (Sipats), por exemplo. É desenvolvido ainda um trabalho de orientação aos funcionários que utilizam veículos da empresa, no sentido de reduzir os riscos de acidentes – um dos tipos mais recorrentes. A ideia é reforçar entre os motoristas a necessidade de concentração total no ato de dirigir.
A empresa zela também pela segurança dos prestadores de serviços. Na contratação de empreiteiras, exige o cumprimento de uma série de padrões de segurança e, ao final da obra, avalia seu desempenho. Já os novos fornecedores são admitidos com base em critérios que incluem a segurança. Além disso, qualquer supervisor de obras passa por treinamento de dois dias sobre segurança de trabalhadores contratados. Na maioria das fábricas e portos existem comitês que asseguram a realização dessas ações e, em algumas delas, o trabalho é conduzido pelas Comissões Internas de Prevenção de Acidentes (CIPA).
Outras medidas que visam à saúde e ao bem-estar dos funcionários são os programas de atividades físicas e ginástica laboral em algumas localidades.
Indicadores de saúde e segurança | |
---|---|
Horas/homem trabalhadas* | 12.478.718 hh |
Acidentes sem afastamento | 46 |
Acidentes com afastamento | 12 |
Total de acidentes | 58 |
Índice absenteísmo | 0,51 |
Horas extras/ano | 66.122 |
Dias perdidos | 290 |
Dias debitados | 4.234 |
Taxa de frequência de acidentes – RIFR | 0.9 |
Taxa de gravidade | 4.6 |